Instituição da Fundação Sinhá Junqueira, em 14 de junho de 1950
Sediada na cidade de São Paulo, a FSJ atua em diversas cidades do interior de São Paulo através de Centros de Promoção Social com o propósito de cooperar para a assistência, a proteção e o desenvolvimento de pessoas carentes de estruturas e condições sociais.
Atualmente, esses centros ficam nos municípios de Aramina, Guará, Igarapava, Ituverava e Jeriquara.
Dona Sinhá Junqueira recebe o título de cidadã ribeirão-pretana
Cada espaço é sustentado com infraestrutura de alta qualidade aliada ao trabalho de profissionais especializados em diferentes áreas da assistência social, da educação e da saúde; e todos os projetos que fazem parte da rotina de cada unidade são mantidos pela instituição e oferecidos gratuitamente à população.
Os investimentos, vindos de recursos próprios e colaborações do Poder Público Municipal, são integralmente direcionados a um trabalho próspero com crianças, adolescentes, adultos e idosos em atividades inovadoras, acolhedoras e positivas para a melhoria da qualidade de vida de todos os que delas fazem parte, direta ou indiretamente, desde o nascimento da FSJ.
Dona Sinhá Junqueira recebe o título de cidadã ribeirão-pretana
Theolina Zemila de Andrade, a Dona Sinhá Junqueira
Theolina Zemila de Andrade, Dona Sinhá Junqueira, nasceu em Franca, no interior de São Paulo, em 1874. Filha de Martiniano Fransisco da Costa e Maria Rita da Costa, Theolina casou-se quando menina, aos 17 anos, com Francisco Maximiano Junqueira, o coronel Quito Junqueira.
Alguns anos depois, já no século XX, o casal passou a morar em uma casa na Rua Duque de Caxias, nº 547, no Centro de Ribeirão Preto, também no interior do estado. O palacete, de arquitetura neoclássica para a época e elementos que remetiam ao estilo neocolonial brasileiro, sempre encantou pelo charme e requinte.
Theolina Zemila de Andrade, a Dona Sinhá Junqueira
Francisco Maximiano Junqueira, o Cel. Quito
Coronel Quito Junqueira
Francisco Maximiano Junqueira, popularmente conhecido e chamado de Coronel Quito, nasceu em Ribeirão Preto em 1867. Aos 23 anos, em 1891, casou-se com sua prima Theolina Zemila de Andrade – a Dona Sinhá, que na época tinha 16 anos.
O caráter empreendedor do Cel. Quito destacava-se em seu trabalho cotidiano, onde cuidava e gerenciava pessoalmente suas propriedades agrícolas. As fazendas de café na região de Ribeirão Preto foram aquelas que, inicialmente, lhe garantiram a estabilidade financeira.
Usina Junqueira
Somente a partir de 1910 é que o Cel. Quito passou à exploração canavieira – agora já tendo expandido suas propriedades para a região de Igarapava, no interior de São Paulo, na divisa com Minas Gerais.
O Engenho Central União inaugurou a fase industrial da vida de Cel. Quito que, dada sua habilidade e visão empresarial, logo transformou a usina de álcool e aguardente com modernas instalações para receber também uma usina açucareira – hoje, a Usina Junqueira.
Usina Junqueira
Caminhão movido a Álcool - 1938
Cel. Quito faleceu em 1938, aos 71 anos; sob homenagens e reconhecido pela imprensa nacional por seu espírito empreendedor, desbravador – agricultor e industrial de grande visão, o maior produtor de açúcar da América Latina. Além de notável cidadão, deixando seu legado nos inúmeros serviços prestados às instituições de caridade da região.
O casal não teve filhos e, após o falecimento de Cel. Quito, maior empresário sucroalcooleiro das Américas na época e grande incentivador de causas e projetos sociais, Dona Sinhá criou, em 1950, a Fundação Sinhá Junqueira. Com um olhar sensível para a luta a favor de pessoas menos favorecidas, Sinhá teve uma vida inteira dedicada ao amor e à filantropia. Em vida, realizou incontáveis doações para asilos, creches, santas casas, igrejas e outras entidades.
Dona Sinhá recebe homenagem ao lado do então presidente Eurico Gaspar Dutra, Assis Chateubreand e Altino Arantes
Desde sempre, Dona Sinhá teve como seu braço direito o deputado estadual e governador de São Paulo Altino Arantes. Personalidade influente na política, Arantes foi grande incentivador na criação da Fundação Sinhá Junqueira ajudando-a, inclusive, a desenvolver o estatuto. Após a morte de Dona Sinhá, assumiu as funções como primeiro presidente da FSJ.
Dona Sinhá recebe homenagem ao lado do então presidente Eurico Gaspar Dutra, Assis Chateubreand e Altino Arantes
Dona Sinhá em doação de 6 aviões para a Força Aérea Brasileira
Entre tantos outros, o maior legado de Dona Sinhá é a Fundação Sinhá Junqueira que, após 70 anos, ainda leva seu nome, seus valores e objetivos: a instituição promove a vida e a esperança de um Brasil que avança rumo a um futuro no qual sua nação seja formada por pessoas e comunidades cada vez mais comprometidas e preparadas para o exercício da cidadania e solidariedade.